quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Soldado valente é o soldado do amor

Fui pega no susto, de surpresa. Era o que mais temia e portanto o que mais fiz: me esconder. Porém me arrebataram na linha de frente e ai...
Corri ao embate, enfrentei, de medrosa tornei-me no soldado mais valente. Vesti a armadura mais fértil, caso morresse a fertilidade daria conta de fazer por meiose minha própria reprodução. Só que em um potencial se não mais forte, mais numeroso e por isso mais difícil de ser extinta.
Primeiro concentrei-me na dor de ter que matar para assim saber o que eu sentiria depois de cometer tal homicídio. Depois me imaginei tendo tal atitude para saber do fato em si que estava sendo decidido.
Matei todo esperado!
Antes sai pela cidade e roubei todos relógios, saqueei o tempo, para as pessoas não esperarem mais, para ao invés disso viverem. Assumo que além disso, enviei um a um, cartas bombas, aqueles que gentilmente precisam explodir, no silêncio e sem susto.
Sabe, o meu maior dom é ser quem sou pois então: sou uma ladra do amor.
Roubei o costumeiro, espantei por apontar uma arma e matei tudo aquilo que acreditava ser o bom, e ai ou morreu por espanto em ver que o horizonte não é o pôr do sol, ou então fugiu para onde tem luz. A diferença que a luz ascendida foi do vaga-lume, não teve atrito das matérias portanto, não é labareda, não é chama que aquece.
Há aqueles que querem ser vaga-lumes outros que querem ser fogo, mas o melhor seria madeira: ora serve pra fazer fogo, ora papel ou as vezes apenas pra estar ali.
E isso se deve ao que chamo de amor. Roubar aqui é o mesmo que servir o amor e matar é o mesmo que renascer para poder amar. E a dor do parto, não será nascer, será a de partir para o tribunal do jus.

Fazer jus a marcha!
Ganhar todas as guerras contra o amor.

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