sexta-feira, 29 de junho de 2012

Um dia lhe conto

Pessoas que não te reconhecem mais, coleguismo por afinidades, personalidades reconhecendo-se em você,  gente evidenciando seu melhor e as vezes seu lado desagradável. Olhares famintos, ameaçadores, brilhantes nos olhos, sorriso de ouro. Sobrancelhas curiosas, expressivas de espasmos, encantos.


Encantamos! Nascemos com esse dom, olhem as crianças, e isto é  um conto daqueles olhos revestidos de uma armadura ocular com lentes não tão graúdas, mas o suficiente para refletir olhos ingênuos, e se era um ser puro no sentido de pureza da terra mundana, é meio incerto. Biólogo ele é, meches com plantações, suja suas mãos, plantando e colhendo, enquanto que na alma ... fica uma interrogação ao centro da folha em branco, sem direito a resposta. 


O que cada um é pertence à cada passo que dá, a cada roupa que veste.


Dessa história não o vi surfando, esqueci de avisar que eu amo escrever e que tudo foi pré texto assim sem paixão, com amor livre, sem monogamia, amizade apenas, mas com uma sensação de " maravilha esta vida você e eu ".


Um dia lhe conto que ele surfou nas calçadas do Rio de Janeiro, enquanto eu mergulhei no asfalto.
Coisas da Boemia.


Um dia lhe conto do telefonema que recebi do orelhão, enquanto estava no décimo sono.
Coisas de Turista.


Um dia lhe conto de achados e perdidos, enquanto um procura pelo outro.
Coisas de Solteiro.


Um dia lhe conto da minha sede, enquanto já estou saciada.
Coisas de Liberdade.




Andréa de Marco

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