quinta-feira, 28 de junho de 2012

Um amor e várias histórias

Uma quarta-feira tempestuosa, gotas cristalinas e alegrias nebulosas. O cristalino envolveu-a no tempo e  nebuloso foi a intenção: rasgar o dia de tédio e grafitar um jeito despojado e despretensioso, divertir-se por pura e simplesmente vida  de horas na criação. Jogando-se no ato de inventar descontrações no bar, na rua, em um coletivo que mal conhecia, mas bem ela quis.
Apitos, gargalhadas, trocadilhos, estilo "ensina-me que eu te ensino" literalmente pleno carnaval era o espírito santo, distante de imaginações férteis, a vontade viver o platônico e então tornar-se a obra completa, um quadro vivo, uma arte em movimento, provar que humanos são por si só telas e mais telas.
Veio a quinta-feira e de modo mais introspectivo situou-se na sintonia de quem sabe, pura, frágil e completa - nada mais precisava- ali, lá e aqui com quem que fosse, com quem estivesse e com quem conhecesse. Andou sob gotas do céu, sob luz dos postes e o luar ... Ah o Luar, ela sentiu vontade de dar um mergulho nas ondas do mar que virás, o por vir, pois naquele momento tirou um cochilo. Viagem de volta pra casa, passeando pela noite dentro de um pés de roda, vento ao rosto com canções do tic-tac , o dia seguinte esperava mais dela.
Adormecida, isenta de responsabilidade, do dever de cumprir, assim são férias de quem está nela e de quem se dá férias. Por um e pelo outro, estando em um ou em outro, não se sabe ...
Mesmo assim, quinta chegou, despertador não tocava, lençol esquentando seu sono frio - como quem dorme por obrigação-.
Na sexta uma balada boa com som que meche no instinto das ideias de querer criar um cenário, um texto que enfeitasse a prática de viver uma noitada divertida, com um grupo de amigos, com uma dança dub, sem jeito e forma apenas no ritmo que o corpo sente e inventa, bebidas sendo um porta níquel pra dança, conversas sendo uma ponte que aproxima seres iguais nos motivos e estranhos por serem diferentes em jeitos e modos.
Contudo, isso, descritivo, abstrato, real e finalizado em um belo par, um casal dançando, se beijando por serem eternos amigos em secreto, corações conhecidos mas selados ao não, fim. Histórias com um final de prazer em conhecer, prazer de estar de bem com você, prazer e gratidão, por levar-te comigo vocês.

Meu amor, meu eterno amor, dançares comigo e me quiseste como um dia te quis...
Mas de tanto que conheci outros de você, já não mais quero-te como naquele dia que te pedi pra ficar...
Ficaste, mas não da forma que eu pedi ...
Retiro-me


Andréa de Marco

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