sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Poupança do amor

Caminhando estava e assim continuou. A ficha caiu e seus olhos baixaram. Olhando para o chão mas não cabisbaixa, sim de quem esta a pensar na vida. Voltou os olhos retamente ao horizonte enquanto paisagens passavam desapercebidas, o pensamento tem esse poder de vendar.
As vendas dos olhos ao externo é a abertura dos olhos de dentro, esse tipo de visão parece vir do umbigo que sobe que engarrafa na garganta, quando não, explode na cabeça ou abre-a como uma janela para o universo.
Dessa vez não fora nem garganta nem cabeça, foi como um soco no estômago, salivando sem parar de enjoos de uma descoberta sobre ela própria.
Não fora decepção, fora uma sensação de jamais imaginar que aquilo acontecia com ela, que a verdade era outra e a antiga era simples supertissão de sortes que não dão prêmios nem na loteria muito menos na megacena.
Ela que acredita que o amor é a força da vida, descobriu que ama muito mas não gosta de receber amor, acha todos os casos uns débitos na conta da paciência e não foi de tanto fazer empréstimo que se endividou, Pois nem dívidas de gratidão fez e portanto não tem!
Ela por si só nega a permissão de depósitos a serem feitos e por isso fechou sua bolsa de valores.

Esqueceu que o amor é como se fosse uma poupança, quanto mais deposita mais rendimento tem ao próprio nominal, o titular da poupança do amor: o financiamento de amar.

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